segunda-feira, 8 de junho de 2015

POEMAS SOBRE O AMBIENTE, CONCORRENTES PARA A ANTOLOGIA DA ALPAS21- BRASIL

 SOU O AMBIENTE
 MAS,
maltratam –me!
maltratam –me!
 sem saberem que sou  vida dos vivos
 liberdade dos oprimidos
soltura dos prisioneiros,
  hospital dos doentes
 revolução dos descontentes
cura dos enfermos

Fazem de mim um ninguém
 vitimam-me com todas  suas acções
queimam-me, tiram todo  meu suporte
para seus afazeres
 erradicam-me com  produtos tóxicos e químicos
 esquecem-se pois,
 que  sou  dono da harmonia

Aí...
quem me dera ser suporte dos vivos
mesmo não saberem a minha essência,
sim, não me arrependo de o ser
pois orgulho-me de ser o encontrado
 por eles e para eles servir
até zombam de mim!
mesmo usufruindo  tudo para  vida


Esquecem-se que Eu sou o minério
 sou a terra
 sou o ar
 sou a água
sou a energia sou  vento
Sou tudo

Mas agora!
alegra-te, alegra-te
alegra-te óh infeliz vivo humano
que não sabe quão importante sou
que  mesmo das tuas zombarias
não me canso de fazer-te o bem
alegro-me em te suportar
com as tuas zombarias, acções destruidoras

Alegro-me em te suportar
 com tristeza…
Proteja-me!
porque eu sou a tua vida
 muitos me amam porque
 Eu sou o ambiente….








QUÉM SOU EU
Quem sou Eu?
 Sou a faca perdida na selva da inexistência
a ave abandonada pelo
 caçador adormecido de consciência moribunda
a fauna intoxicada pela multidão do aquém

Sou eu mesmo!
flora condenada pela injustiça dos justos
por  minha inocência
o ar poluído pelo egoísmo sem razão
o pântano  que  poluíste com carvão
a história que pagas sem sanção

Eu sou
a fauna engravidada
 pela mente bondosa de um suicida
 o minério vendido pelos deputados
sem cadeira no parlamento dos surdos 
Sou a partícula última de um todo

sou o político de cadeira vazia que te defende
o livro sem cópia perdido na consciência
o lacrimejar do oxigénio que te alimenta
 o voo que transpassa os vales e anhara
 Eu sou  a natureza.



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