sexta-feira, 13 de maio de 2016

NOTA DE IMPRENSA SOBRE A ABERTURA DA ALCA HUAMBO





COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO E GESTÃO INFORMATIVA

NOTA DE IMPRENSA

No âmbito das comemorações do 25 de Maio, dia consagrado ao Continente Africano, a ALCA Movimento Literário está a realizar uma Gama de Actividades que visam enaltecer a efeméride bem como expandir o DNA Alcano para o engrandecimento da Cultura Literária, no período que decorrerá de 23 à 27 de Maio do Ano em curso na Província de Huambo e não só, denominada Semana da África.
Dos eventos Programados, teremos a Cerimonia Oficial de Empossamento dos Membros do Núcleo ALCA Huambo, no dia 26 de Maio as 16 horas na Biblioteca Provincial do Huambo, que será antecedida com palestra no dia 23, leitura Partilhada no dia 24 e no dia 25 doação de livros infantis, sessão de autógrafos dos Livros Conselhos Quentes de Alexandre Silivondela, O Príncipe de Olinda Solela de Mendonça Jonatão Ferreira, Vivências de Armindo Laureano e Outros Livros. Bem como  a III Conferência Literária Alcana sob tema: A Essência da Literatura Africana face aos desafios do Continente, cujo Orador será o PhD. Arsénio Cruz. Docente do ISCED- Huambo.
Vendo a importância que os eventos se revestem para o fortalecimento Intelectual da Juventude, bem como na formatação dos conhecimentos Literários e Cultural de Angola, particularmente do Huambo, pedimos e convidamos, todos os órgãos de Comunicação Social para Cobertura Jornalística; toda a Comunidade literária académica e a população em geral a se juntarem para a reflexão das várias temáticas.
E reafirmar o nosso compromisso de continuar a resgatar os reais valores da Cultura Angolana, para edificar Consciências Novas e transformar a Mundividência Humana e Social das pessoas através da Literatura.

ALCA, aos 10 de Maio de 2016

O Coord. Comunic. e Gestão Informativa
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Luís Sepalanga Dalama

Poeta

quarta-feira, 11 de maio de 2016

REPÚDIO CONTRA A DSTV

REPÚDIO CONTRA A DSTV
É com espírito de revolta que me manifesto sobre os vossos serviços, que sabendo a real função da transmissibilidade da educação social através da visualização veicular de personagens, as pessoas deviam rever-se, redarguir-se e auto-educarem-se. Mas os senhores perderam a cabeça. Limitam-se por e simplesmente" AP maiores de 18 anos". Mas isso não chega, isto é estapafúrdia criminal, é bestuminoso.
Não quero tãopouco saber se os senhores são Betlemitas ou Gregos ou apátridas, quero sim saber da Vossa Betonilha mental, pois robocará incultos rácicos do meu Jardim.
Essa categoria de Estuporar-se contra o MINISTÉRIO, DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO INTERIOR, DA SAÚDE, DA COMUNICAÇÃO,deve parar dentro da Vossa mediocridade. Saibam que um dia meu filho há de se revoltar contra vós, e a Revolta do meu filho será TERRIVEL, IGUAL A DE NJINGA MBANDI, MANDUME, MWATCHIAVWA, NDUNDUMA, HOJI YA HENDA,MUNGUNGU, MUTU YA KEVELA, KAFUNDANGA, CARLOTA e tantos outros Mártires.
Esta orografia televisiva que estão a descrever será a mesma a desabar um dia.
Entendem qual é o sabor de uma boa educação?
Que tipo de proveito tira-se na exibição da pornografi explicita?
Transmitem para vázaros ou paises com mentes pecaminosas?
Sois vindouros doutros mundos?
Sois da maré do aquem?
Que tipo de micróbios Sois?
Vossos músculos são plastificados?
Prefiro ser Neto, Ngangula, Roberto, Jonas, Anália, Landu...
A cada dia que passa mais revolta acumulo, não com os seus abusos mais com os daqueles que me obrigam a seleccionar. Sei que a Sociedade nunca deu nada de Bom mas é dela que sou preso.
Ao indigitarem este Big Brother, que no vosso pobre entender, pensam que um grande irmão ensina o nudismo e a pornografia, estão nmesmo ferrados...
O Vosso dinheiro que também é meu, traduz lascivas, larvicidades e viroses perpétuas, tudo de mal há de acontecer.
Minha Sociedade um dia há de passar neste Crivo!
Abaixo a DSTV, abaixo o BIG BROTHER EXTREMO!

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Para que serve um escritor? Por José Eduardo Agualusa


Para que serve um escritor?

Questão colocada pelo Escritor José Eduardo Agualusa, em alusão da tomade de posse do novo corpo gerente da UEA.

Sou, desde há longos anos, membro da União de Escritores Angolanos (UEA). No passado dia 16 decorreram eleições para os corpos gerentes. Não irei comentar aqui a polémica decorrente destas eleições porque, estando longe, receio não possuir elementos para um julgamento justo.
Interessa-me mais reflectir sobre a utilidade e a importância desta instituição nos dias de hoje. Se outro mérito não teve, o debate que rodeou o processo eleitoral veio confirmar a (ainda) singular relevância política da instituição. Fundada a 10 de Dezembro de 1975, poucas semanas após a independência, num período de terrível turbulência, extremada intolerância e pensamento único, a UEA conseguiu transformar-se num pequeno território de debate. Em determinada época terá sido mesmo um dos raros espaços no país onde o debate, mais ou menos livre, era possível.
A 1 de Fevereiro de 1952, o poeta António Jacinto escreveu uma carta a Mário Pinto de Andrade na qual afirmava a fé no papel da poesia: “Eu creio que é pela poesia que tudo vai começar.” Com aquele “tudo”, António Jacinto referia-se ao movimento nacionalista. Era uma afirmação grandiosa e arriscada, que, a esta distância, só não nos parece terrivelmente ingénua, porque se veio a revelar profética. Não por acaso, muitos dos membros fundadores da UEA viriam a ocupar cargos importantes nos primeiros governos da Angola independente.
De então para cá a poesia (a literatura) perdeu importância. Fomos descendo de Jacinto até Kangamba. A boa notícia é que já não dá para descer mais. A outra boa notícia é que a UEA tem mais a ganhar do que a perder com o fim da ligação ao poder político. A UEA tem agora a oportunidade de se transformar numa instituição independente, vocacionada não só para a defesa dos interesses dos escritores como, sobretudo, para a defesa da própria literatura. A defesa da literatura passa pela defesa, sem hesitações, da liberdade de pensamento e de expressão. Sem liberdade de pensamento não existe literatura. Talvez dactilografia, mas não literatura.
Antes de nos perguntarmos para que serve uma instituição como a UEA, convém perguntar: para que serve um escritor?
Acredito que um escritor tem de ser antes de tudo um homem livre. Um escritor resgata memórias; um escritor pode ajudar a fixar identidades; mas, sobretudo, um escritor ocupa-se na criação de novos mundos capazes de questionarem o actual. Escritores são por natureza questionadores. Um bom livro, ou é subversivo, ou não será assim tão bom.
Por isso, insisto, a UEA deveria ser, antes de mais, um espaço de debate livre e de livre pensamento. Uma oficina de criação de liberdade. A poesia tem de voltar a ser lugar de partida para as grandes transformações sociais que o país tanto necessita. Para que possamos glosar António Jacinto: “Creio que é pela poesia que tudo vai recomeçar.”
FONTE: Rede Angola,22.04.2016 • 00h00 • atualizado às 14h18