domingo, 31 de julho de 2016

A OTCHILONGO no Mulemba de Idéias

     
 Foi lançada a Revista Otchilongo, no Blog Otchilongo.blogspot.com, no dia 29 de Julho do ano em curso(2016). Blog criado para o suporte da Revista, uma vez que a idéia inicial, segundo o mentor, não era de um lançamento virtual mas, numa edição física. Como todos nós sabemos, do momento  crítico que o mundo está a atravessar, particularmente  Angola, o Blog serviu de cajado. Cumprindo-se com o dito- água mole, pedra dura, bate bate até que fura. A Literatura não Padedece com as crises que se criam pois ela é o estudo de toda a actividade literária, desde os contos mais imples até as concepções filosoficas mais precisas. É a maneira de ser estar e fazer de um povo manifestada através da prosa e do verso da Poesia. E, vale apenas caçar com rato pois vejamos:
  A força de um punhado de homens e mulheres, que fazem os panhos de desenvolvimento de qualquer Nação, está na juventude, aquela que é o elo entre as gerações e transmissores da Cultura daquela determinada Nação.
      Esta, liga-se através dos signos da língua, cor, etnia, religião e pela tríade- Nação- Pátria-Estado. Porque elas contribuem para as renovações  temáticas com influências cosmopolitas, maior criatividade, liberdades linguísticas, desconstruções discursivas e ideológicas, sem deixar as questões da incerteza futura face à desilusão  e à angústia do seu tempo.
      É com estes elementos que a Juventude  sempre faz em prol da construção de uma história limpa e referencial para o amanhã. A Revista Otchilongo que numa tradução literal chamar-se-ia de O País, salvo melhor tradução em contrário na língua Portuguesa , A Revista, criada com o objectivo de reforçar a  identificação, construção da identidade Cultural de um povo.
Iniciativa desta índole,  cria desafios de alturas inatingíveis de situações que até o próprio Mwangolê  dificilmente acredita, criou-se a idéia e a idéia ganhou corpo, e este corpo está formado. Capaz de trazer entendimentos construtivos em prol de uma sociedade que a acada dia se torna mais jovem, mais altruísta, mais TICsista, mais globalizada, o que torna esta juventude mais autoditacta, mais isolada e mais auto-resolvida tendencialmente.
O desafio que Deusdedith Manuel João coloca, acaba por ser um circuito de ideias desafiantes da própria sociedade, e da Joventude em Particular, pois, coloca-se na idéia de que  para insentivar o hábito da leitura não precisamos de ter gabinetes, salas climatizadas nem tãopouco, termos dinheiro para que a leitura aconteça. Esta Revista cria um desafio também aos endinheirados, aqueles que patrocinam festas de bumbum dourados, Ravs de calça rota, Ravs militares e outras, sem valor de transmissão cultural, de construção do nosso panho Social... Daí ser o momento da revista existir. Experiênte nas várias associações e grupos comunitário, Desdedith, reforça também a importância de se pertencer hà uma comunidade organizada, daí a Revista ter o Slogan: Escrever para o Futuro.
Com esta Primeira Edição auguramos que surjam as outras e apareçam novos partícipes e Artífices, para que a sua Publicação em suporte físico seja um facto constante.
   
                                                        O Editor do Mulemba
                                                               31.7.2016


quinta-feira, 14 de julho de 2016

UM POUCO DE CULTURA GERAL PORTUGUESA

UM POUCO DE CULTURA GERAL PORTUGUESA...
Qual o significado de "CARALHO" ???
Segundo a Academia Portuguesa de Letras, "CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas (navios antigos,usados nos descobrimentos) e de onde os vigias perscrutavam o horizonte em busca de sinais de terra ou de algum navio pirata.
O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto dos mastros), é onde se manifesta
com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também era considerado um lugar de "castigo" para aqueles marinheiros que cometiam alguma infração a bordo.O castigado era enviado para cumprir horas, e até dias inteiros, no CARALHO e quando descia, ficava
tão enjoado que se mantinha tranqüilo por um bom par de dias.
Daí vem a célebre expressão: "MANDAR PARA O CARALHO".
CARALHO é a palavra que define toda a gama de sentimentos humanos e todos os estados de ânimo.
Quantas vezes, ao apreciar uma coisa que é boa ou que te agrade, não exclamaste: isto... "É DO CARALHO"!
Se te aborreceres com alguém, vais mandá-lo para o CARALHO, certamente!
Se algo não te interessa, não vais querer "NEM POR UM CARALHO".
Mas, se esse algo te interessa muito, então vais dizer..."É DO CARALHO".
Também são muito comuns as expressões:
Essa... "É BOA PRA CARALHO".
Esse cara... "É DO CARALHO".
Esse lugar... "É LONGE PRA CARALHO".
IIIHH CUM CARALHO
E não há nada que não se possa definir, explicar ou enfatizar, sem se juntar um CARALHO a qualquer expressão
Se um comerciante se sente deprimido pela má situação actual de seu negócio,exclama, quase sempre assim:
"ESTAMOS A IR PRÓ CARALHO"!
Quando se encontra alguém que há muito tempo não se vê, pergunta-se: "ONDE CARALHO TE METESTE"? (aqui, CARALHO é usado como vírgula).
É por isso que estou te enviando esta saudação do CARALHO, e se não és do CARALHO, espero que este texto te agrade pra CARALHO.
A partir deste momento poderemos dizer CARALHO, ou mandar alguém para o CARALHO, com um pouco mais de cultura e autoridade académica.
Que tenhas um dia muito feliz... do CARALHO!!!
Esta não lembra ao CARALHO!
Mesmo assim, custa aceitar! "Cum caralho!!!

DIFERENÇA ENTRE ESCRITOR E AUTOR

DIFERÊNÇA ENTRE ESCRITOR E AUTOR
 Por: Efraim Chinguto

Perguntas  desafiadoras e que não se calam pelos bastidores do nosso hodierno, dos pensadores do hoje pois, vêem de uma árvore geneologica Lusitana, aquela considerada mais crítica, em oposição a Brasileira mais soft mais cool, onde os Escritores dos Países de expressão portuguesa, fruto da colonização beberam muita água e carregam os resquicios de Camões. A pergunta não se cala, porque existe uma geração muito forte, que olha para o  desenvolvimento dos seus países eviternos com a Literatura, fazem-me voltar ao tempo de meninice e perguntar sobre a diferença existencial entre a galinha e ovo, e na fase do estudo profundo da Literatura,nas discussões de Platão[1] e Aristoteles[2] ...Tudo bem deixemos da Literatura, voltemos à questão. Discutida em vários quadrantes, sobretudo do globo Português, resultado da segmentação dos valores em transportação cultural.
Não é tão simples definir o que ou quem é o escritor e autor, seguindo as razões acima, porém, aceitando o desafio da Otchilongo, entendemos que o autor dedica sua existência a criar com a matéria-prima disponível em sua inspiração[3] e também no bendito suor, os vocábulos que se transformam em literatura, “o autor cria o conteúdo do Escritor”[4]. Um simples facto nas palavras faladas ou escritas de um autor retiram de nós diversas sensações, escreve livros que retractam a vida, partindo de um facto apalpável, de ciência, técnica, auto-ajuda. Afirmação que enquadramos-lha na Denotatividade.
 Já o Escritor é a pessoa que se expressa através da arte da escrita criativa, ou, tradicionalmente falando, da estéticidade literária, usa habilidade artística (romance, uma série de contos, poemas, crónica (literárias), prosa poética ou  qualquer género literário), para com esta idéia, olhamos para a Conotatividade.
Partindo deste enigma, pensamos que temos uma certa diferênça ou não, mediante o entendimento dos caros leitores, porém, se voltarmos aos antanhos e prestarmos atenção às discussões filosóficas, propaladas por Platão e Aristóteles sobre a Poética, somos peremptório em reafirmar a diferênça acima, pois, o Escritor não escreve um texto acabado e sim notas soltas usadas como lembretes. O Escritor usa: A forma, ambiguidade, Intenção Estética, Verdade em segundo lugar, distância de hábitos linguísticos da linguagem Corrente e elaborações Artísticas; Enquadrados numa estrutura escalonada com os níveis: Fonológicos, morfológicos, semânticos, sintácticos e Semânticos. Que partem de um mundo Subjectivo numa realidade Objectiva.
Abarca três dimensões essenciais: Dimensão estética, dimensão Cultural e dimensão Sociológicas
Enquanto que o autor, através da realidade objectiva retracta as metas, traduz experiência humana para uma apresentação, com a finalidade informativa-referencial, denotativa, monossignificativa e  por desambiguidade



[1] PLATÃO (Atenas, 348/347 a.C) Filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas
[2] ARISTÓTELES 384 322.a.C Filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre ,o grande.
[3]  Cfr. ANA Lúcia Santana, Mestre em Teoria Literária pela USP (2004)
[4] Conferir , Marisa Moura pela graduação em Letras na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.