terça-feira, 30 de junho de 2015

Isaltino Morais: "As prisões estão cheias de inocentes"

Isaltino Morais esteve numa sessão de autógrafos, no âmbito do lançamento do seu livro A Minha Prisão, em Oeiras, marcada com duras críticas à justiça portuguesa.
O ex-autarca esbanjou cumprimentos aos presentes e descreveu a sua obra como um exercício de reflexão sobre a "corrupção do sistema" e os "poderes absolutos", começando pelos juízes. Ironizando que estes "são infalíveis, quais deuses".
Ao longo da sessão o ex-governante, para além de acusar o sistema prisional de não respeitar "a dignidade dos que, justa ou injustamente, estão presos", também criticou a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, por não zelar "pela paz" nas prisões.
© Fornecido por Sábado
Isaltino Morais acrescentou ainda as constantes greves dos guardas prisionais, que retiram aos reclusos os seus "já reduzidos direitos", destabilizando os estabelecimentos prisionais. "Os guardas gostam de motins e de pancadaria, especialmente com reclusos, para que o poder político sinta que são poucos", acusou.
O autor voltou a criticar o funcionamento da justiça portuguesa e afirmou que o processo de condenação dá-se por "convicção" e que "os jornalistas julgam na praça pública e os magistrados, pressionados, condenam". Mais, "ninguém escrutina os juízes quando violam a lei" e que "o sistema judicial é uma corporação tenebrosa em que ninguém toca", garantiu à plateia.
O ex-presidente da Câmara de Oeiras insistiu que embora a Autoridade de Tributária se tenha "certificado [de] que não tinha dívidas ao fisco" acabou por ser preso, injustamente.
Além disso, em Portugal é possível um juiz de primeira instância tomar uma decisão "desrespeitando uma decisão de um tribunal superior e não lhe acontecer nada" e acrescenta que todos os magistrados envolvidos no seu caso "foram promovidos".
Segundo o autor, a procuradora e titular do processo terá pedido na década de 1990 "para meter uma cunhazinha ao Cavaco porque gostava de ser directora-geral".   
"Quem me meteu na prisão não foram os políticos que não gostavam de mim. Esses limitaram-se a pressionar os magistrados, juntamente com a comunicação social. E os magistrados não se podem deixar pressionar", garantiu Isaltino Morais.
É por este tipo de pressões exteriores que o autor considera que as prisões "estão cheias de inocentes".
O ex-autarca citou ainda o recente artigo da revista SÁBADO, que revela o interrogatório ao ex-primeiro-ministro por Rosário Teixeira, e em que, diz,  "o procurador faz uma figura triste porque não diz de que factos é acusado José Sócrates. Não imaginam a quantidade de Sócrates e Isaltinos que há nas prisões. Em Portugal abusa-se da prisão preventiva" assegurou à plateia. "E se isto lhe acontece a si? Nós pensamos que só acontece aos outros, mas pode acontecer a nós", alertou, antes de dar por finalizada a sessão de autógrafos. 

Mulemnba de Idéias: O ESTAR NA VIDA FAZ DE MIM MELHOR NA ESCRITA

PATRÍCIA REIS. É esse o nome dela. É portuguesa. Se a considerasse parte dos melhores autores contemporâneos daquele país seria no mínimo estranho, já que a língua ainda não fez o suficiente para que Angolanos conheçam a actualidade da literatura portuguesa, bem como tudo acontece com Angola os Novos Autores sao muito pouco conhecidos. Paramos no Eça de Queirós e Sophia de Mello Breyner Andresen até chegamos ao Saramago, mas não fomos para além de Herberto Hélder. Hoje sugiro que viajemos na escrita “infinita” de uma autora vertical, que deleita-se com a escrita enquanto formada em História e profissional de jornalismo.



Quando falamos de distância entre Moçambique e Portugal, Patrícia Reis fica em cima do muro. Pois pisou Moçambique para além do evento que a trouxe neste mês de Maio. Seu pai morou aqui e teve um tio que cá residiu. A sua escrita leva-nos ao mundo, um mundo em metabolismo. Quando viajamos nas suas obras há um mundo que se abre e há uma revelação sobre toda a concepção que temos do nosso enredo. “O que me incomoda é a maldade. Escrevo muito sobre a maldade. As hipótese de contaminação da maldade ou, se quiser, na urgência de ensinar a bondade”, disse acrescentando outras palavras.
Na entrevista que se segue navegamos nessas obras, na escrita e noutras nuances que compõem o seu eixo de vida, “porque na vida é como uma viagem” como nos aconselha o poeta angolano Ruy Duarte.    

Disse em uma entrevista a volta do livro “No Silêncio de Deus” (2008) que foi a Amesterdão e Israel para “pescar ideias, sinais e espaços para compor os cenários e as emoções das personagens.” E em Maputo, o que pescou?
É sempre o mesmo processo: oiço, observo, tento perceber. Em Amesterdão a realidade é europeia, próxima de um registo que conheço. Em Maputo há diferenças substâncias. Mesmo a forma como é usado o idioma que nos une – o português – é distinta. A construção frásica é outra, existem neologismos que me arrancam sempre um sorriso. Depois da Feira Internacional do Livro, cheguei a Lisboa com a luz do Índico, algumas histórias soltas, uma visão da cidade que é pessoal, logo subjectiva. Trouxe ainda vontade de regressar.

Disse ainda em Maputo que tira muito desta cidade. Por exemplo, o transporte “my love” tornou-se assunto para um futuro texto. Qual é o “extraordinário” no my love?
O extraordinário é dar um nome a um transporte colectivo, não organizado, que implica afecto. Esse sentido de humor, creio, é muito moçambicano. Tal como o sorriso. Ao mesmo tempo, é um reflexo da realidade, uma ferramenta para encarar um trânsito caótico, as fracas possibilidades do transporte público e de como as pessoas se organizam. Dizem que o humor é uma grande arma. É uma arma e ainda uma forma de poder.

Já agora Maputo o que fez em ti?
Não foi a minha primeira vez em Moçambique, como tive oportunidade de explicar. O meu avô paterno viveu em Maputo, um dos meus tios preferidos nasceu em Moçambique. Tenho uma cabeça de colecionadora de histórias e o que África tem o condão de provocar é a capacidade de ficar. Ficar a ouvir. Se é crucial ler para escrever, é essencial ouvir. Talvez seja um defeito profissional meu, afinal sou ainda jornalista e alguém que se ocupa de relatar acontecimentos precisa de saber ouvir. É evidente que o exercício do jornalismo é distinto da literatura: o jornalismo deve ser a verdade. A Literatura é uma reinterpretação de verdades.

A sua escrita parece-me não ser consequência do acaso. Que ritual obedece para fermentar um texto?
Não tenho ritual. Não posso dizer que viva o princípio arrumado e organizado de tantos escritores que obedecem a uma rotina. Eu escrevo quando preciso mesmo de escrever e não tem de ser todos os dias, não pode ser todos os dias. A escrita é um exercício solitário e que implica disponibilidade física e mental absoluta, um nível de concentração elevado. Eu tenho uma vida fora da escrita, de trabalho, de família. O estar na vida faz de mim melhor na escrita.


Formada em História, há alguma fronteira com a tarefa de ficcionista?
Sim, a fronteira é muito real e o processo de investigação histórica é absolutamente distinto. Dito isto, a História ajuda muito quando se escreve ficção. A História é a memória. A ficção é a cristalização de um determinado tempo na perspectiva de certos personagens, de um autor em concreto.

No entanto, apesar de tudo, encontro uma forte carga de emoção na vida dos seus personagens. Em “Contracorpo” por exemplo, nota-se isso na relação entre Maria e Pedro. Em que parte de mundo foi buscar as motivações dessa história? 
Sou mãe de dois rapazes. Sou madrinha de outros tantos jovens. Lembro-me muito bem da minha realidade enquanto adolescente. É um tempo complexo para os jovens, um tempo de incompreensão. O livro não exprime a minha relação maternal, não é um desenho dos meus filhos ou afilhados. A mãe sou eu, o filho sou eu, a avó sou eu. É um tema universal com o qual as pessoas se identificam muito. Costumo dizer que falar com um adolescente é o mesmo que dar banho a um peixe. E sei ainda que a maioria dos adultos já se esqueceu da dor desta fase de vida e não tem capacidade para ouvir ou margem de cabeça para entender outras perspectivas. A gestão do silêncio é essencial na educação dos adolescentes.

Dói muito até no leitor o sofrimento destes dois pela morte do Francisco, marido da Maria e pai do Pedro. E a autora prolongou ainda esta dor. Como ao escrever, a Patrícia viveu essa tragédia?
Posso confessar que este livro, Contracorpo, foi um livro sofrido. Chorei muito. Tive muitas dúvidas. Não sabia se seria eficaz, se as duas vozes teriam a mesma força e não queria privilegiar a personagem que porventura é mais próxima de mim, a mãe. Um livro é sempre um caminho, algo estranho. Começa com uma frase. Nunca sei como será o fim. Muitas vezes os personagens tomam conta. Parece quase infantil dizer que se escreve e não se controla o livro, a história, as emoções. Mas é assim.

Como manter a neutralidade quando se cria um personagem e num livro em geral?
Não sei se penso nisso, aliás estou certa de que não penso em manter a neutralidade, tento levar a história a bom porto, onde a história precisa de ir para ser mais eficaz. Não me distancio como faço num trabalho jornalístico. Não é o que faço. Envolvo-me, crio laços de amizade, de afecto com as personagens, preocupo-me, adoptou-as e vivo com elas durante muito tempo.

No romance a vida não corre em estreito. Há altos e baixos, mas também existem os próprios desejos do autor. O que os anos de escrita e de vida transformam num escritor?
Um escritor só é o que é se for um escritor na sua essência, se sentir essa necessidade de colocar na escrita o mundo que vê, que não compreende, o conjunto dos seus sonhos, receios, alegrias. Vergílio Ferreira, um grande autor português, dizia que “um romance é um biombo atrás do qual a gente se despe.” Ao fim de algum tempo, vivemos em função da escrita, do que queremos escrever, mas de uma forma cada vez mais intranquila, mais perigosa. O tempo e escrita, os livros publicados, nada disso nos consola ou reconforta, mesmo que haja, necessariamente, um treino implícito. Com a idade, com o tempo, tudo é mais difícil. Não sei como será com outras pessoas, para mim é assim.


Um dos elementos que pude notar na leitura do seu texto é a tentativa de desconstrução dos cenários comuns, como por exemplo em “Por Este Mundo Acima”. O que a incomoda na realidade?
O que me incomoda é a maldade. Escrevo muito sobre a maldade. As hipóteses de contaminação da maldade ou, se quiser, na urgência de ensinar a bondade. O caso do livro “Por Este Mundo Acima” é um caso particular: escrevi para o meu filho mais velho, hoje com 19 anos, para lhe dizer que a vertigem do mundo através das novas tecnologias não é igual ao valor extremo da amizade, essa melhor forma de amor. Ao mesmo tempo, observando o estado do Planeta, calculo que todos nós tenhamos a noção de que a vida de todos os dias, nos mais de duzentos países que existem, é dura. A noção de direitos humanos é relativa. As condições básicas de vida são diminutas para uma parte significativa da população mundial. Os conflitos armados são contínuos. A medicina progrediu, contudo as doenças não desaparecem, pelo contrário. E podíamos continuar aqui a relembrar as evidências do mal que nos assaltam diariamente. Tudo me preocupa e me entristece e me leva a fazer perguntas. São as perguntas que me conduzem à escrita.

Para além dos livros, há uma jornalista. Como consolidar as duas práticas?
Creio que já respondi anteriormente, todavia posso acrescentar que o jornalismo que pratico hoje é quase inexistente, já não estou numa redação de jornal há muito tempo e a relação sistemática que tenho, com o semanário Expresso, é ao nível da curta ficção. Uma das vertentes do jornalismo de que mais gosto são as entrevistas e essas, felizmente, ainda as vou fazendo. Tenho saudades de fazer reportagem, é certo, mas fiz muitas e vivi muito intensamente a profissão. Teve o seu tempo.

Depois de lançados, qual é a sua relação com os seus livros?
Não é uma relação fácil. Não volto a ler. Não quero ter essa experiência de ser estrangeira ao texto agora em forma de livro. Custa-me. Sei que é quase infantil esta rejeição, mas sempre foi assim.

A questão de qualidade literária vai sendo cada vez levantada quando se fala de novos autores. Que entendimento tem das publicações dos jovens escritores?
Os jovens autores têm de criar o seu espaço. Autores consagrados já foram jovens autores. O que acontece é que foram jovens, muitas vezes, em tempos históricos complicados e, muitas vezes, não reconhecem nos jovens de hoje a pertinência do que escrevem. Não existe uma Literatura Universal se a roda não girar. É preciso respeitar e ler os mais velhos; respeitar e ler os mais novos. Cada qual no seu patamar, mas sempre qualquer conflito na co-existência.

O que pensa do Portugal e do mundo actual? E como é que a literatura pode servir-se destes tempos?
Vivemos todos tempos de crise. Crise financeira, de valores, moral, de ideias, cultural. O tempo, o meu tempo, sempre foi pautado por essa palavra: a crise. Aprendi a tentar driblar a realidade, nunca desistir, falhar e depois falhar melhor. A literatura contemporânea reflete isto mesmo, o que vivemos e como vivemos, pela simples razão de que os escritores são quem fixa os tempos que vivem, as pequenas nuances, os receios menos explícitos. São como pequenos historiadores da História pequena.

O que aconselha a ler um aspirante a escrita?

Tudo. Ficção, banda desenhada, mistério, ficção científica, jornais, biografias. Poesia. A poesia pode mudar o mundo. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

SOB MIRA DEGRADADA DOS MEUS OLHOS


Sob Olhar atento de um cego ,saí às ruas em em busca da caravana de nudas deste terreno.
Tem sido frequente a zunga da nudez feminina sob silêncio de um mamilo curador da vida.
Esta terra poluída com o sémen da copiacriação tem vindo a fazer ressuscitar o Hitler da minha mente, causando saudações satíricas até para as minhas.
Tem sido bom para as escaramuças do meu olhar fraco de mijar.
Pensando num futuro mórbido desta louca terra mulher.
Que ao passar dos dias, afugenta mais as minhas dicas apreendidas em tenra idade.
Perdi o fôlego de dicar essas mulher criadas com gosto de todos.
Xuxuadas, metálicas, curtas, et all.
No fim da história, acabo por olhar para a bunda do ontem...
Mais, cuidada, mais protegida, mais gostosa e muito meiga.
Este mundo até o cachorro esquece que tem lá fora uma cadela, a espera do cão...
Será que há alguém lá em cima a comer um bom arroz, bife, e salada para eliminar as calorias, como clama Poeta da Poeira ? Ou há tantas bundas sem preço como chama Maria Sem Alma Kumona ? Ou então, há um resgate dos valores de um amor morto?
Enfim, jazem aqui Idéias que não passam nunca.
A mulher de ontém vale melhor que tu.
Prefiro a tia que me viu ombreado no reino da insapiência nocturna.
O vestir de hoje é o mar do aquém. Além da Taprobana.
o uso deste tipo de vestimenta representa uma degradação moral e um atentado ao pudor que já devia merecer a intervenção dos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos, do Interior e como se não bastasse da Educação.
As vestimentas que expõem as partes íntimas do corpo colocam a integridade das mulheres em risco sendo um convite para prática de crimes contra elas mesmas.
O uso do Tchuna baby e do Collant Xuxuado fere a moral pública. Por outro lado se trata de um problema conjuntural, que vai desde a degradação dos valores morais no seio familiar aos órgãos de comunicação social estatais onde são promovidos eventos festivos que incentivam o uso deste tipo de vestimenta.

FOTO: ANGONOTICIAS.COM



quarta-feira, 17 de junho de 2015

A vida que carrega outra vida

No passado dia 15 de Junho, o Cantor Angolano do estilo  RAP, Prodígio, esteve na Cidade do Lobito, a autografar e vender o seu mais recente album Musical intitulado Prodígios,no atrium da Shoprite.
Foi bom ver como os Artistas sâo amados e queridos pela nova vaga de bons ouvintes da musica Angolana feita por Jovens e adultos que se despontam.
Mas, é mui bom, saber que há jovens que carregam dentro das suas paredes fisicas outros seres...
Temos Bons Covers em Angola e pensamos que devia haver mais, sobretudo, de autores da Era inesquecível.Como Paulo Flores, Bonga, Eduardo Paim, Mamukweno, Kalabeto, Rui Mingas, Irmaos Kafala, Lourdes Van Dune, Belita Palma, Nany, E tantas outras. Aqueles que continuam a transmitir conhecimentos e a Elevar Euforia para as mais variantes geraçoes, atraves da Musica...
Mas, apesar desta euforia, pergunto-me.
-Quais sao os reais motivos que fazem com que os jovens carreguem, tanto:
Fumo, tatuagem, calças caidas, tranças, piercings e tantos outros decotes que o Cantor faz de Amuleto?
- Onde andam os pais dos jovens que  mudam de Boas crianças, pelo menos no aspecto físico?
Pois em Língua nacional Banto- UMBUNDO, diz-se muito bem. Ocipanla tchu nkunlu tchi pula ombela.
Realmente uma boa aparência, resolve muitos broblemas.
Será que estes Jovens têm uma infância digna de forjar o Seu amanha?
Contra as aparencia nâo nos opomos, é importante que os Jovens portem-se mui bem, sobretudo, na apresentação diante dos Adultos, pois, os filhos devem se rever dos pais...
Aqui aconselhamos haver mais severidade para com as crianças pois, o País delas Espera.




domingo, 14 de junho de 2015

O Inverso dos Verso

O Mundo é tão pequeno que até os males maiores tornam-se míseros para a nossa causa existencial. Tem sido assim o concurso de pergaminhos da insolência nasta minha pátria . Em detrimento o poder, a injustiça aparece sempre despida de vergonha, nua e ainda por cima na Rua.
Apesar destas e outras ecatombes, continuamos sempre de pé. Porquê? Porque como poeta, aprendo a descobrir a origem das coisas sem que nos eximem o encéfalo.
Mandam agentes dos Serviços secretos para conhecerem o Tchipundo de um pobre ser,  sem explicações plausíveis para a Visita
O mais caricato é saber que nem têm o domínio da Internet e das redes sociais!
Mas, continuamos de pé. Ensinamos como se usá o facebook, as partilhas, comentários e outras .
Ligam-nos, violam o nosso direito de personalidade, direito de privacidade enfim.
diante desta situação pergunto ao meu Luis Vaz de Camões, qual seria a razão destes problemas, numa curta e sabia resposta diz:
O DESCOMPASSO DO MUNDO"... Os bons vi-os a passar, nesta terra poluída de ódio de semém da falatoxia, dominada pelo preço do Roubo e do Engano....
O  o 30/5 foi assim visto por mim.
Inimigo que se faz de amigo, e com a pressão do chefe faz com que ele seja inimigo forçado na coragem de ser o génio... O sapo aparece como príncipe nesta história ?
Atendendo estes factos nós colocamos as seguintes questões ?
Quem é o nosso inimigo?
Como devemos tratar o nosso inimigo?
Como os philisophos, poetas, músicos, políticos devem reagir face a esta situação ?
Devemos viver com uma desconfiança total?
Teríamos a coragem de dizer ao nosso filho que não sou Pai?
Bem, teríamos tantas questões a lançar por terreiro mas, como estamos na mulemba de idéias, cada idéia é uma pétala de sombra a nos convidar aqui vivermos.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Caso Sócrates

Sétimo pedido de "habeas corpus" para José Sócrates

José Sócrates© Orlando Almeida/Global Imagens José Sócrates
O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de Lisboa decidiu na terça-feira manter o ex-primeiro-ministro em prisão preventiva, depois de José Sócrates ter recusado a substituição desta medida de coação pela prisão domiciliária com pulseira eletrónica, proposta pelo Ministério Público.
José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, e está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora.
O antigo líder do PS está indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

José Luandino Vieira



  • JOSÉ LUANDINO VIEIRA

    José Luandino Vieira é o pseudónimo literário do escritor angolano José Vieira Mateus da Graça (nascido a 4 de Maio de 1935).

    José Luandino Vieira contava apenas 29 anos, quando a Sociedade Portuguesa de Escritores lhe atribuiu o Grande Prémio de Novelística.
    O escritor encontra-se em longa prisão no Tarrafal. Começou a sua atividade literária em O Estudante, órgão dos alunos do Liceu Salvador Correia. De 1957 a 1960 apareceu integrado numa camada de novos escritores angolanos que elaboraram "CULTURA", jornal literário da Sociedade Cultural de Angola.
    Aí se encontram poemas, contos, ilustrações com a sua assinatura. Em 1960 publica o seu livro de estreia A Cidade e a Infância, tendo publicado depois Duas Histórias de Pequenos Burgueses (1961) e Luuanda (1964), que lhe valeu o Grande Prémio. Detido pela PIDE, pela primeira vez em 1959, foi um dos acusados do Processo dos 50, acabando condenado a catorze anos de prisão, em 1961.
    Luandino Vieira cumpriu a pena de prisão no Campo do Tarrafal, em Cabo Verde, regressando a Portugal em 1972, com residência vigiada em Lisboa. Em 2006 foi-lhe atribuído o Prémio Camões, o maior galardão literário da língua portuguesa. Luandino recusou o prémio alegando, segundo um comunicado de imprensa, «motivos íntimos e pessoais». "A sua obra, importantíssima, foi precursora da literatura angolana e tem raízes na terra e na cultura do país", afirmou José Saramago.
    Obras publicadas:

    Contos
    A cidade e a infância (Contos), 1957; 1986
    Duas histórias de pequenos burgueses (Contos), 1961
    Luuanda(Contos), 1963; 2004
    Vidas novas (Contos), 1968; 1997
    Velhas histórias (Contos), 1974; 2006
    Duas histórias (Contos), 1974
    No antigamente, na vida (Contos), 1974; 2005
    Macandumba (Contos), 1978; 2005
    Lourentinho, Dona Antónia de Sousa Neto & eu(Contos), 1981; 1989
    História da baciazinha de Quitaba (Conto), 1986

    Novela

    A vida verdadeira de Domingos Xavier, 1961; 2003
    João Vêncio. Os seus amores, 1979; 2004

    Romance

    Nosso Musseque (Romance), 2003
    Nós, os do Makulusu (Romance), 1974; 2004
    O livro dos rios, 1º vol. da trilogia De rios velhos e guerrilheiros (Romance), 2006
    Infanto-juvenil
    A guerra dos fazedores de chuva com os caçadores de nuvens. Guerra para crianças
    (Infanto-juvenil), 2006

    Tradução

    A Clockwork Orange (Laranja Mecânica) de Anthony Burgess, 1973

    Outras

    Kapapa: pássaros e peixes, 1998
    À espera do luar, 1998

    Prémios

    Grande Prémio de Novelística da Sociedade Portuguesa de Escritores (Prémio Camilo Castelo Branco) (1965)
    Prémio Sociedade Cultural de Angola (1961),
    Casa dos Estudantes do Império - Lisboa (1963)
    Prémio Mota Veiga (1963)
    Associação de Naturais de Angola (1963).
    Prémio Camões (2006)

Quem é o Poeta? Fernando Pessoa Responde

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
Fernando Pessoa

segunda-feira, 8 de junho de 2015

POEMAS SOBRE O AMBIENTE, CONCORRENTES PARA A ANTOLOGIA DA ALPAS21- BRASIL

 SOU O AMBIENTE
 MAS,
maltratam –me!
maltratam –me!
 sem saberem que sou  vida dos vivos
 liberdade dos oprimidos
soltura dos prisioneiros,
  hospital dos doentes
 revolução dos descontentes
cura dos enfermos

Fazem de mim um ninguém
 vitimam-me com todas  suas acções
queimam-me, tiram todo  meu suporte
para seus afazeres
 erradicam-me com  produtos tóxicos e químicos
 esquecem-se pois,
 que  sou  dono da harmonia

Aí...
quem me dera ser suporte dos vivos
mesmo não saberem a minha essência,
sim, não me arrependo de o ser
pois orgulho-me de ser o encontrado
 por eles e para eles servir
até zombam de mim!
mesmo usufruindo  tudo para  vida


Esquecem-se que Eu sou o minério
 sou a terra
 sou o ar
 sou a água
sou a energia sou  vento
Sou tudo

Mas agora!
alegra-te, alegra-te
alegra-te óh infeliz vivo humano
que não sabe quão importante sou
que  mesmo das tuas zombarias
não me canso de fazer-te o bem
alegro-me em te suportar
com as tuas zombarias, acções destruidoras

Alegro-me em te suportar
 com tristeza…
Proteja-me!
porque eu sou a tua vida
 muitos me amam porque
 Eu sou o ambiente….








QUÉM SOU EU
Quem sou Eu?
 Sou a faca perdida na selva da inexistência
a ave abandonada pelo
 caçador adormecido de consciência moribunda
a fauna intoxicada pela multidão do aquém

Sou eu mesmo!
flora condenada pela injustiça dos justos
por  minha inocência
o ar poluído pelo egoísmo sem razão
o pântano  que  poluíste com carvão
a história que pagas sem sanção

Eu sou
a fauna engravidada
 pela mente bondosa de um suicida
 o minério vendido pelos deputados
sem cadeira no parlamento dos surdos 
Sou a partícula última de um todo

sou o político de cadeira vazia que te defende
o livro sem cópia perdido na consciência
o lacrimejar do oxigénio que te alimenta
 o voo que transpassa os vales e anhara
 Eu sou  a natureza.



O DESEJO DE APRENDER & APREENDER SEMPRE MAIS


domingo, 7 de junho de 2015

A POLÍCIA DE TRÂNSITO DA MINHA PANELA
Já lá se vão anos de muita tolerância egótica selvagem que carrego nas bujingangas do meu selvagem abimopeto.
No início, a luta era titânica, sobretudo aquela luta de falar o português do irmão Luís Vaz de Camões, no sentido de mostrar uma certa idoneidade linguística a estúpudez putrefácica de um regulador de trânsito que felizmente tem o dever de CONGESTIONAR sempre o caótico trafêgo da minha panela...
Ordena que se pare três a dez veículos, nas curvas, antes dos 50 metros, os azulinhos corruptos estão sempre munidos de justiça por isso pararem só para confirmarem a guita justimerda, basta que passe um Polícia, efectivo das FAA, Bombeiros e outros, carregando de Infracções odiundas, basta bater uma Continência, estava tudo resolvido e Talvez regulado.
Nesta minha panela, onde vale mais o Compadrio, o familiarismo, o coleguismo o matumbismo, o Policísmo, o Faaísmo, deixa-me satisfeito de revolta.
Tornei-me fiel, dirigindo-me a uma igreja no sentido de ver os meus pecados e ver se as minhas maléficas interpretações, sejam moldadas, graças a Deus, encontrei a Igreja cujo nome é TULUMUÃ.
Mas, não aguentei, tornei-me sapador, vereador em ver a boca -esquadra a funcionar mas, nada.
Puxas!
É alegrante ver um agente regulador a a mandar parquear o Carro por caducidade do verbete de um carro que saia da oficina cujo verbete está a espera do respectivo livrete há 10 anos; ver argumentos de homens a serem pisoteados pelo dinheiro; ver o senhor polícia a mandar-te parar e dizer que o teu carro é podre; ouvir do senhor polícia:tu és burro; entender que o senhor polícia não entendeu o Código de Estrada; Saber que um verbete vencido dá lugar a multa; saber que o senhor polícia me vê com o binóculo da idiotíce; saber que a Universidade para o Polícia é a trincheira de malefudicência, enfim, saber que o senhor agente é um Deus cego e mudo mas, fala...
Decidi, passar a Usar o meu Umbundo, Lwimbi e um pouco o Tchokwe, para ver se sou ouvido, nada!
Resolvi apostar no direito do silêncio por causa do trâuma que carrego Há 10 anos, sou visto como lumpene, me aplicando o Art. 4 do C.E.Ulala.
Ainda assim, para me passarem a tal multa, já que sou sempre o primeiro a ser Autuado, acabo em último, Risos!
A bondade, humana criada por JAH, vê-se agastada, saturada, pisoteiada, estuprada, maculada,aberrada,emprestada,agredida, por causa do uso da Força.
Tornei-me coelho do polícia, porque sei que Ele fala, mas, é surdo, mudo e chefe. Porque não tenho tostões, torno-me fugitivo, pois por ser chefe, a legalidade ou ilegalidade tem valor algum... O valor está no trocado, no Bolso, e porque já sou conhecido... Sou agarrado, ambi, cafocolista, continuarei aqui, no P.P.
Mas, o bexigoso social não pará, tem discípulo...
Resolvo viver com o mundo dos Poetas mas, por estar neste País Panela, ainda assim macúlas, nascem dia pós dia...
No Polícia do País Panela.!
-------------------------------------------OBS: Nesta nova série de crónicas, intitulada Yômbwa, não admitimos gostos ou likes, nós não ficamos triste se não comentares, aliás, os factos são singulares,se te identificamos é porque não estás no País Panela! Sabemos que gostas de ler, não foste viver com o Polícia Panela...