segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A JUSTIÇA DAS PALAVRAS NO LOBITO

 POR: Armindo Joaquim (Tony Komando)- Jornalista da Rádio Lobito                                 & Efraim Chinguto
       

                                                         EPÍTOME
Com a evolução da nossa sociedade, que sai a cada dia que nasce, dos marasmos do obscurantismo, assistimos paulatinamente, disfunções conceptuais que muitas vezes acabam por carregar grandes discussões capazes de inverter o sentido da justiça das palavras, justiça no seu sentido mais geral, aquela justiça,definida por Eneo Domitius Ulpianus« justitia est constans et perpetua voluntas jus suum cuique tribuendi». Que traduzindo no polémico português, fica: A Justiça é a constante e perpetua vontade de atribuir a cada um o seu direito  . Ipso facto, acabamos de ver injustiças conceptuais, pois estas não obedecem ao principio do Neologismo, nas suas mais extensas declinações,  de sentido nem de forma.
Como se não bastasse, os anacolutos dogmáticos, acabam por vencer esta batalha, pois a ignorância os cega cobrindo-os de súper- puderes. E acabamos por assistir confronto de discordância[1] que acaba por ser vago e sem fruto para a humanização e convergência para a educação social. O entendedor da matéria não consegue lançar a semente em solo producente, porque tem no solo  a Erva daninha[2].
Numa discussão positiva, considerada pela dogmática científica, realizada algures da nossa Cidade[3] deparamo-nos com o problema desta natureza- Injustiça Conceptual, ou seja, irregularidades no entendimento das palavras;é necessário que os conceitos carreguem a suas próprias naturezas e fundamentos onto-antropológicos de razão. Caso seja neológico, então se faça referência ao autor da mesma[4].Foi com base nestas cenas do nosso quotidiano, participando na construção digna da geração vindoura, exercitando a cidadania, que achamos por bem dissipar as dúvidas dos falantes da língua portuguesa, começando por aclarar a diferença existente nas palavras Contesto/ Contexto.
Esperamos que os caros leitores e leitoras gostem, critiquem e deiam sugestões, nesta primeira série que nós colocamos a disposição.
Os nossos agradecimentos e boa leitura.
Contexto é a relação entre o texto e a situação em que ele ocorre dentro do texto. É o conjunto de circunstâncias em que se produz a mensagem que se deseja emitir- lugar e tempo, cultura do emissor e do receptor, etc. - e que permitem sua correta compreensão. Também corresponde à situação de ocorrência da palavra, isto é, a oração onde ela se encontra.
Do latim contextu significa colocar alguém a. par de: algo, alguma coisa, uma acção premeditada para situar um indivíduo em. um lugar no tempo e no espaço desejado. Encadeamento de ideias de um discurso. Tecer junto com texto.
Para compreendermos um assunto precisamos estar a par do contexto ao qual pertence (se não sabemos em que situação um fato ocorreu iremos interpretar equivocadamente
Exemplos: 
  Esta palavra foi usada em que contexto? 
  Diminuir as despesas é uma boa escolha devido ao contexto de crise económica mundial existente. 
  Quem nasceu e cresceu naquele contexto social dificilmente conhecerá outra realidade. 
SINONIMIA
Encadeamento de ideias:
Assunto:
Já o contesto: do verbo contestar, na 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo) e o substantivo masculino singular contestar – questionar; opor-se,  ir contra algo ou alguém.
O verbo contestar tem sua origem na palavra em latim contestare, devendo assim ser escrita com s. Refere-se ao ato de contradizer, mostrar oposição, não aceitar, recusar, pôr em dúvida alguém ou alguma coisa.
Presente do indicativo: 
(Eu) contesto 
(Tu) contestas 
(Ele) contesta 
(Nós) contestamos 
(Vós) contestais 
(Eles) contestam 

Exemplo: 
Eu contesto o que foi dito por não ser verdade. 
Eu contesto com veemência sempre que me sinto injustiçada.

As palavras que apresenta são consideradas palavras parónimas, visto que têm uma grafia semelhante (contexto/contesto), um som semelhante (cont[eis]to/cont[és]to) e um significado diferente (contexto: enquadramento de ideias/
Para que estas palavras fossem classificadas como homófonas, teriam de ter, para além da grafia e do significado diferentes, o mesmo som, como é o caso de à e , em que a primeira é a contracção da preposição a com o artigo definido, feminino, singular a; e a segunda é a forma do presente do indicativo do verbo haver.





[1] Refenciada pelo Jornalista da RNA- Lobito- Augusto António Valeriano( Santos Pêras), no dia 27 de Agosto, as 23:15 minutos
[2] - é o termo utilizado para descrever uma planta, muitas vezes, mas não sempre, exótica, que nasce espontaneamente em local e momento indesejados, podendo interferir negativamente na agricultura
[3] Cidade do Lobito.
[4] Tony Komando: Faz alusão as propriedades da água; exemplificando a diferença entre a água com o vinho, dadas a uma pessoas vendada nos olhos. 

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