Ana
Paula Gomes, a cápsula aberta há 55 anos atrás, dentro desta
cápsula, foram colocados vários desenhos de alunos videntes. Esses desenhos,
eram como as crianças sonhavam, o futuro de uma luta sem sangue, mas para
derrame de sangue sem um invólucro.
E,
chega a hora de se abrir a capsula. Envelopes foram retirados de dentro da
mesma. Meu irmão, pegou um envelope e levou-o para casa. Ele abriu o envelope e
o deitou no chão. Foi dormir.
Eu
pego noutro envelope, neste continha números que descobri serem datas de explosões.
Explosões sem alvo, sem direcção mas, para um grupo, o grupo de seres de Angola
e do Mundo. Várias explosões aconteceram durante os 55 anos. E, ainda no
envelope restavam mais explosões que viriam a acontecer.
A
primeira explosão aconteceu, no Poesia Mulher, com o invólucro Despertar no Amanhã, seguindo outra
explosão reafirmando Presença, as outras foram acontecendo, desde os infanto-juvenis às lindas
canções, cantando as liras, citaras trombetas,
quissanje no Primeiro natal de Joaninha. E, ainda se esperavam mais
explosões. Encontro uma imensa fila. Saio do carro e vejo um camião de combustível
a tombar atravessando a estradas nacionais do avô Ngola. Vou a correr e
pergunto ao guarda: – Oque é que aconteceu? Ele me responde: -Narrativas Populares-mito e tradições explodiram.
De ímpeto o guarda sai a correr. Quando direcciono o meu olhar no horizonte
perdido, enxergo Jonito, vovô Juju e o Arco-iris, batendo nas minas de diamante.
Quando
me viro, vejo um avião a bater nos fios de alta tensão, o avião arrasta a asa
na pista, cai num local aberto e a cápsula explode. Eu me dirijo para lá para
ver se havia sobreviventes, mas o guarda que me deixou a correr me impede. Eu
queria contar para alguém, mas eu estava com medo de me chamarem de louco. Depois
de um dia eu estava contíguo do local do próximo acidente. Fui à estação do
CFB- Caminho de Ferro de Benguela. Quando cheguei lá vi uma carruagem que saia
da linha, vindo em minha direcção e explode Poemas de Amor. Por sorte,
consigo me afastar. Corro em direcção ao Museu de Arqueologia banhado pelas
amadas águas do oceano atlântico da Praia Morena, sinto a explosão da linda
história de Zito Maimba, sentindo o arrepio na pele assombrada pelo
Colonialista Português.
Por
pouco eu consigo me safar, relembrando o dia 1º de Dezembro, dia da Organização do Pioneiro Angolano, actualmente dia de Luta contra o VIH-SIDA
deparo-me com outra explosão, desta vez infanto Juvenil. Colocando-me em estrada para Luanda, percebo o ruido vindo do Zaire, terra sofrida com chuva
e fome - Banza Congo- reconhecida
pela UNESCO
como Património Mundial da Humanidade. Fugindo
a realidade da vida, vindo abraçar a Internet, e o facebook em particular
deparo-me com Educação Politica e Patriótica ( EPP) e transparência de
militante, explosões vindas do terceiro andar de um prédio qualquer. Recorro-me
a UNITEL, para apaziguar as mágoas acumuladas, vejo o raiar explosivo de amor para Meus Irmãos e irmãs. Uma explosão
já vivida no na Pele de Zito Maimba com 150 centelhas letais. Mas perdidos na
selva.
Enfim,
acidentes só se repetirão daqui há mais 55 anos e tantos.
Por: Efraim
Chinguto
parabéns
ResponderExcluirMestre Andrade Jorge, sou muito hinrado pela visita. Obrigado. Continue a faze_lo.
ExcluirMestre, sempre com a sua coerência e sapiência na redação. De certeza, é uma bela e profunda homenagem.
ResponderExcluirObrigado pela visita caro Dr. por meio dos Juristas Direito.
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