Num dia cuja memória, escusa-se de recordar, apareceu no mundo
interior nas vidas de muitos Angolanos alguém cujo nome, sempre clamado, como
Mistério.
Um mistério cujo segredos estavam longe, de serem desvendados,
porque já estavam desvendados sobre humanos de olhos vendados em prol de
uma justiça sem justiça.
Humanos que desde os antanhos, vinham clamar a mamã Muxima em prol
de um punhado de homens e mulheres da contemporaneidade de todos para
todos os seres.
Para os anjos e arcanjos, serafins e querubins.., mas, nunca foram
ouvidos, porque o memento de serem chamados, nunca estava tão distante quanto
perto se encontrava.
Recorreram a Yamanjá,[1] para galardoar no Simo de
um palácio, a sorte perdida na alvorada de uma noite sem escuro.
Em detrimento do poder, várias batalhas se travaram, até mesmo dos
humanos que faziam travar batalhas para os corações apaixonados sem amor de um
sonhador.
Várias guerras se perderam, vários mundos se formaram mas, poucos
humanistas se conquistaram.
A presença delas em Nós parecia um mundo invisível na atmosfera
terrestre, de um âmago piloto do animismo sem cor.
No final das contas... Corações apaixonados sobre o som de um
simples DO MILINDRO, onde a ku bata aberta, faz girar a harpa da
mundividência de um simples e encantador poema, que das trevas zumbiam o
colorir de um fogo feito Miss Mundo.
Afinal, apareciam duas primaveras sem um outono carregado de nuvens.
La vão Elas, lá vão elas, lutando contra o preconceito que da
ignorância se gerou...
Lá vão Elas, que do sangue feito carmesim, geraram a vida de um
morto, nascido pela insegurança de um corpo.
Que pelo epílogo de um mandamento da Mãe encantadora,
carregada de uma rosa sem espinho, trazem o galardão sem trabalho, o prémio sem
concurso, o teste sem exame...
Estão sempre caminhando pelo arvorecer de uma sombra que
queima, de um luar sem brilho...que passo a passo, num ir e vir, trazem o
brilharete, de um punhal de bênçãos que do leito de um Pai, distribuem com firmeza
o sal...que traz o gosto de uma língua sem escravatura.
Lá vão elas... Ana
Maria Stoppa, que no escurecer de um dia, carrega a luz de um futuro
sem tédio na enciclopédia viva de uma humanidade sem trevas.
Que no sacrifício de uma derrota, carregava Rozelia Scheifler Rasia,
vindoura da atmosfera cansada de bondade e perspicácia de uma nota melódica da
Vida.
Lá vão elas que do Som da Harpa, da lira, da cítara, da trombeta e
do kissange, pregavam o amor sem fim pela calçada de um mundo infinito.
Lá vão elas, entoando os hinos mais honoríficos da alma gentil que
se perdia.
Agora... cá estão elas, pisando Augusto Cury, trazendo o inverso
de um sonho coleccionado.
Cá estão elas, levando as notas musicais de: Dó-Ré-Mí-Fá-Só-Lá-Sí-Dó.
Empurrando o indesejado óvulo da Ocidental praia de Lusitana.
Cá estão elas, ouvindo o muxima wa mi una Pandula, com os
Dó-Sí-Lá-Só-Fá-Mi-Ré-Dó...
Efraim
Chinguto, in Caçadoras de Realizações, em Homenagem as Ilustres Ana Stoppa e Rozelia Rasia
[1]
Yemanjá é a
Divindade que está assentado no pólo universal positivo ou irradiante do Trono
da Geração e da Vida e que rege a Sétima Linha de Umbanda (Linha da Geração),
onde polariza com o Orixá Omolu (Trono Masculino da Geração), cujo magnetismo é
negativo ou absorvedor.
Yemanjá,
a Mãe da Vida, é a água que vivifica; e Pai Omulu é a terra que amolda os
viventes.
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